Brigas generalizadas, tumulto e violência. A ação de criminosos no pré-Carnaval de Brasília acabou provocando a morte do jovem Matheus Barbosa Magalhães Costa, 18 anos, no sábado (08/02/2020). O corpo do barbeiro, que havia acabado de sair do trabalho, na 305 Norte, e passou na Rodoviária do Plano Piloto para ver o movimento do bloco Quem Chupou vai Chupar Mais, foi enterrado nessa segunda-feira (10/02/2020), em clima de comoção e revolta.
Foram pelo menos 203 ocorrências. Além da violência, houve cenas de vandalismo. Somente no metrô, foram oito trens depredados.
PMs da área administrativa reforçarão segurança no Carnaval do DF
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Janelas foram quebradasReprodução
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Vagões foram depredadosReprodução
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Além de quebrar partes dos vagões, vândalos picharam o interior dos trensReprodução
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Vagões foram depredadosReprodução
“Eram grupos organizados que cometiam roubos”, ressaltou o major Michello Bueno, porta-voz da Polícia Militar do DF (PMDF). Em função dos últimos episódios, a corporação decidiu reavaliar o policiamento durante os eventos do Carnaval.
De acordo com Michello, as revistas serão intensificadas. “Faremos abordagens a todo momento”, afirmou Michello. Policiais da cavalaria e do Choque estarão nas ruas. Os que atuam na área administrativa e os recém-formados também reforçarão a segurança. Na área central, a exemplo do ano passado, será montada a Cidade Policial, uma central ao lado da Torre de TV.
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Além do assassinato do estudante Matheus Barbosa Magalhães Costa, uma tentativa de homicídio foi registrada pela Polícia Civil, na noite do último sábado. A PM afirma ter encaminhado um suspeito, com uma faca suja de sangue, à 5ª Delegacia de Polícia (área central). Mas a PCDF não confirma a participação dele no crime, pelo menos por enquanto.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), a outra vítima ferida tem 20 anos e deu entrada no Hospital de Base por volta de 21h, após ser atingido por um objeto cortante na altura do pescoço. Ele também estava no evento.
Busca por segurança
Após os casos de agressão e morte ocorridos no evento, o presidente da Liga dos Blocos Tradicionais de Brasília, Paulo Henrique de Oliveira, se solidarizou com as famílias das vítimas. “Não podemos tolerar que cenas como a do último sábado (08/02/2020) se torne comuns no Carnaval brasiliense. Nós, da Liga, manifestamos nossos sentimentos à família do jovem morto e a todos os outros que foram feridos neste triste episódio”, disse.
Em nota, a Liga informou que tenta uma reunião em caráter de urgência com o governador Ibaneis Rocha (MDB) para tratar de assuntos pertinentes à segurança dos foliões. Além disso, a organização busca cobrar um posicionamento sobre “a falta de confirmação nos desfiles do carnaval de rua deste ano”.
12 feridos
Em balanço divulgado neste domingo (09/02/2020), a SSP-DF informou que Corpo de Bombeiros realizou 12 atendimentos no bloco Quem Chupou vai Chupar Mais por ferimentos de arma branca, embriaguez, queda e brigas.
Ainda na mesma noite, a corporação atendeu um homem, de aproximadamente 25 anos, que caiu de cima da plataforma superior da Rodoviária. Ele foi transportado ao Hospital de Base inconsciente, com fratura no braço esquerdo, afundamento de face e escoriações.
Durante o evento, a Polícia Militar do DF registrou cinco termos circunstanciados de ocorrência por porte de arma branca e cinco ocorrências de uso e porte de drogas, todos na 5ª DP. Além disso, foram recolhidas tesouras, facas, canivetes, armas artesanais e mais de 5 mil garrafas de vidro.
Fonte: Metrópoles